domingo, 15 de julio de 2012

Riscos de uma supertempestade solar

O Solar Dynamic Observatory registra a erupção de uma
proeminência em 16 de abril de 2012
Na medida em que a atividade solar continua aumentando em direção a seu máximo esperado para o trimestre maio-julho 2013, impactantes imágens de temspestades solares saõ publicadas na mídia. Embora a fama solar repete-se a cada um de seus máximos (lembro que o ex-diretor do Instituto Max Planck en Katlenburg-Lindau gostava de mostrar a capa do tabloide alemão Bild, com uma foto de uma explosão solar ao lado de um mulher semi-nua), desta vez foi  adicionado um elemento que aumenta o seu dramatismo: a mídia alerta para as consequências catastróficas que uma dessas tempestades poderia produzir na Terra.  Desde um blackout elétrico generalizado com duração de semanas ou meses, até acidentes aéreos fatais originados na interrupção do serviço de posicionamento brindado pelo GPS.

Parte destes relatos é encontrado uma e outra vez nas profecias maias de fim de mundo.  Por exemplo no livro Apocalypse 2012 do jornalista  Lawrence Joseph e em documentários dos canais Discovery Channel e History Channel.

A primeira vez que ouvi estes relatos apocalípticos parecera-me fora de toda lógica e supus que sua origem poderia estar nos ambientes  fatalistas afastados da ciência ou da tecnologia.  Posteriormente pude rastrear os fundamentos destas teorias e cheguei até alguns documentos produzidos nos mais nobres centros de pesquisa científica como a National Academy of Sciences dos EUA. Minha perplexidade só aumentou com esta descoberta.  Assim que antes de continuar escrevendo sobre a questão acometi contra os informes que dão base a tamanha pavura.  Numa série de posts vou-me a referir a eles, além de  outros documentos, que relativizam o cenário de destrução massiva. Não vão ser artigos fáceis nem curtos, intentarei ser rigoroso e crítico ao mesmo tempo.  Posso no entanto adiantar meu pensamento:  as conclusões catastróficas derivadas destes informes estão exageradas e baseiam-se em incontáveis condicionais.   

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